Tratamento para olho seco, apesar de todo o avanço da medicina, sempre foi complexo em função das poucas opções disponíveis. Entretanto, uma tecnologia, que utiliza eletrodos para estimular a produção de lágrimas, enche de esperança a quem enfrenta o problema.
Para se ter uma noção da importância do tema, no Brasil, anualmente, 2 milhões de pessoas recebem este diagnóstico, especialmente, mulheres.
Olho Seco. O que é isso?
Olho seco, de modo simplificado, é descrito como a falta de umidade nos olhos. Ou seja, faltam lágrimas para manter os olhos lubrificados. Esta falta de lubrificação dos olhos ocorre em função da diminuição progressiva, nem sempre lenta, da produção de lágrimas pelas glândulas lacrimais.
O olho seco pode ser desencadeado por uma série de fatores, incluindo defeitos da glândula, efeitos colaterais dos medicamentos e alterações hormonais causadas pela gravidez, perimenopausa e menopausa. Por outro lado, também, está associado a algumas doenças autoimunes e reumatológicas.
Menopausa causa Olho Seco
Uma boa parte dos pacientes que sofre de olho seco é constituído por mulheres na perimenopausa e menopausa.
Nesta fase da vida da mulher, os níveis séricos dos hormônios femininos diminuem muito e podem chegar a ficar indetectáveis.
Por que a menopausa causa Olho Seco?
A relação da menopausa com o olho seco se dá em função das ações dos hormônios femininos. Assim, entre elas, podemos citar, também, estimular a produção de lágrimas de alta qualidade.
Desse modo, a falta de lágrimas pode afetar totalmente o funcionamento dos olhos, causando lesões e, até, complicações como alterações de visão.
Diminuição da produção de lágrimas na menopausa
A cada piscada, olhos saudáveis são lubrificados com lágrimas – uma mistura de óleos, água, proteínas e muco. Este fluido ajuda a proteger e hidratar os olhos, e o filme fino que ele cria é necessário para uma visão clara.
A quantidade insuficiente de lágrimas não permite a lubrificação adequada da superfície do olho.
Sinais e sintomas de Olho Seco
Desse modo, o olho começa a sofrer… Assim, a pessoa começa a apresentar irritação e vermelhidão dos olhos, coceira intensa e, ainda, sensação de corpo estranho [como se houvesse areia sobre a córnea] e dor.
Os olhos secos tornam-se vulneráveis a abrasões dolorosas da córnea, que podem distorcer a visão.
Autoestima das mulheres na menopausa tende a aumentar após o tratamento para Olho Seco
A diminuição da lubrificação dos olhos praticamente impossibilita o uso de lentes de contato naqueles que têm Olho Seco.
A vermelhidão dos olhos aumenta muito com o uso de lentes, o que faz com que a mulher se sinta constrangida.
Porém, mais do que a questão estética (e da dor, é claro!), existe o risco de desenvolver graves lesões e, até, perfurações nas córneas. Assim, um tratamento que permitisse às mulheres voltarem a usar lentes de contato, reforçaria a vaidade feminina e, consequentemente, sua autoestima.
Um tratamento diferente para Olho Seco
Foi a partir de uma pesquisa sobre as dificuldades de tratamento encontradas em clínicas oftalmológicas que um grupo de cientistas percebeu a necessidade de desenvolver um tratamento diferente para o Olho Seco.
Afinal, como já vimos no começo, o número de pessoas atingidas é muito grande. Nos Estados Unidos, onde a nova tecnologia está sendo desenvolvida, mais de 20 milhões de pacientes sofrem com esta condição dolorosa.
Assim, os pesquisadores da Stanford Biodesign começaram a desenvolver um neuro estimulador, implantável, que pudesse aumentar a produção natural de lágrimas. Criaram dois minúsculos dispositivos para ativar a produção natural de lágrimas, através de pulsos microelétricos.
Assim sendo, um foi implantado na membrana mucosa da cavidade nasal e, o outro, sob a pele, logo abaixo da sobrancelha, tornando-se invisíveis.
Além do mais, a quantidade de lágrimas produzida por minuto poderia ser regulada, com controle remoto, de acordo com as necessidades de cada paciente.
O implante “produtor” de lágrimas:
Conclusões
Os estudos finais estão sendo concluídos. Por outro lado, a aprovação final para uso do dispositivo está tramitando no FDA ( a ANVISA dos Estados Unidos). Ainda vai demorar um pouquinho até chegar à população, mas, agora, é uma questão de tempo.