Na mulher +40 as dores no corpo podem ser uma constante na sua vida diária. Não são todas, e claro, mas um grande numero delas que, que de uma hora para a outra, começa a perceber o aparecimento de dores variadas. Assim sendo, estão sempre se queixando pois toda hora aparece uma dorzinha nova, num lugar diferente. Ou seja, as dores podem trocar de lugar, mudar o tipo e a intensidade da dor, mas estão sempre presentes. Por que isso aconteceria?
Na mulher +40 as dores no corpo afetam a qualidade de vida
Nos últimos anos, com o aumento da expectativa de vida da população, as grandes instituições médicas começaram a perceber a necessidade de ampliar o conhecimento em áreas antes não tao valorizadas e ate esquecidas. Dentre estas, a da saúde da mulher e seu equilíbrio hormonal [não, apenas, as áreas referentes a gestação e infertilidade, as mais privilegiadas]. Assim sendo, reclamações e queixas femininas, que antes eram atribuídas a problemas emocionais ou sensibilidade exagerada das mulheres, passaram a ser foco destes novos estudos.
Flutuações hormonais explicariam na mulher +40 as dores no corpo
Recentemente, as pesquisas mostraram que os hormônios femininos, produzidos nos ovários, poderiam interferir, inclusive, nos mecanismos de transmissão da dor do organismo. Isso aconteceria, especialmente, nos períodos em que os níveis de estradiol e progesterona estariam diminuídos ou oscilantes. Como um exemplo deste tipo de alteração dos hormônios feminino, poderíamos citar os dias de Tensão Pré-menstrual (TPM), onde nós, mulheres, percebemos uma grande sensibilidade às dores em geral.
Entretanto, o mais importante destes estudos foi a associação destes achados `a transição da menopausa. Isto e, na mulher+40 as dores no corpo, que vem e vão, sem a presença de maiores lesões, teriam um justificativa. Enfim, as flutuações hormonais da Perimenopausa, mais suaves, inicialmente, poderiam explicar o aparecimento destas dores no corpo.
Na mulher +40 anos as dores no corpo ocorrem em determinadas áreas com maior frequência
Dores articulares [Dores nas juntas]
Nesta faixa de idade, as dores nas articulações costumam ser comuns e podem acometer tanto articulações grandes [os joelhos, por exemplo] quanto pequenas [dedos das mãos] , manter-se por horas ou dias e, então, assim como surgiram, também desaparecer. e durar, por exemplo]. As dores nas juntas são sintomas da Perimenopausa pouco conhecidos.
Os pés também são muito atingidos. Nada, provavelmente, de dores dramáticas, mas estranhos desconfortos ao usar determinados tipos de sapato. Ou seja, é nesta fase da vida que os sapatos de salto alto e fino [o sapato de salto stiletto] começa a dar lugar a saltos mais baixos e de formato quadrado…
Na mulher +40 as dores no corpo podem ocorrer nos pés. Este dolorimento dos pés, sem lesões aparentes, poderia ser causado pelas alterações dos níveis do Estradiol. Neste sentido, as flutuações hormonais provocariam, também, um aumento na retenção de líquidos, causando dores e rigidez das articulações.
Dores nas costas
Ainda que as dores nas costas sejam um problema bem conhecido da pessoas, em geral, no inicio da Perimenopausa que as mulheres vão começar a se destacar dos outros grupos da população.
As flutuações dos hormônios femininos poderiam interferir em mecanismos de contração muscular, impedindo o correto relaxamento de determinados grupos de fibras musculares. Estas deficiências poderiam levar, inclusive, a contraturas musculares altamente dolorosas, em pacientes com maior predisposição familiar.
Por outro lado, a carência de Estradiol poderia interferir, diretamente, na produção e no reparo dos ligamentos musculares, tornando-os frágeis e vulneráveis a traumatismos.
Dores de cabeça
Dores de cabeça podem ser causadas por diferentes fatores. Mas, talvez, o principal, seja a queda dos níveis do hormônio feminino Estradiol, também conhecido como Estrógeno. A duração e a intensidade da dor podem variar de mulher para mulher. Caso as dores de cabeça sejam persistentes, é muito importante procurar auxílio médico para esclarecer sua origem.
As ações dos hormônios Estradiol e Progesterona não relacionadas à fecundidade são inúmeras.
Outros sintomas da Perimenopausa
Fadiga-Falta de energia
Você está sempre reclamando de cansaço? A fadiga tem lhe impedido de fazer as coisas que você gosta? Você dorme bem, descansa no final de semana mas, mesmo assim, não se sente descansada e revigorada?
Este tipo de cansaço não é normal.
Talvez a fadiga seja uma das primeiras manifestações da menopausa. Ela seria provocada pelo desmantelamento de mecanismos de energia cerebral, prejudicados pelos níveis diminuídos do hormônio Estradiol.
Memória diminuída-Esquecimentos
Memoria “vazia”. Sintomas da Perimenopausa?
A atuação dos hormônios ovarianos a nível cerebral é muito intensa. Para se ter uma ideia, existem mais receptores para estradiol e progesterona no cérebro do que no útero.
Ainda estamos muito longe de concluir estes estudos, mas, mesmo assim, nosso conhecimento atual já progrediu muito em relação à década passada.
Estes seriam 6 sintomas que, quando constatados, simultaneamente ou de maneira intercalada, poderiam estar associados a uma deficiência de estrogênio, mesmo antes do aparecimento de alterações no fluxo menstrual ou do surgimento de calores e suores noturnos.
Esquecimentos frequentes, lapsos de memória e dificuldades de concentração poderiam ser sinais de uma deficiência de Estrogênio. [O hormônio Estradiol também é chamado de Estrogênio.]
Depressão-Baixo-astral
Na mulher +40 as dores no corpo podem potencializar o baixo-astral.
As ações dos hormônios ovarianos Estradiol e Progesterona não relacionadas à fecundidade são inúmeras e, apenas nos últimos anos, começaram a ser conhecidas e estudadas com profundidade.
Depressão e humor instável são muito comuns durante a menopausa pois decorrem do sobe e desce dos hormônios femininos. Níveis aumentados de Estradiol estimulariam a produção de neurotransmissores, especialmente da Serotonina, e manteriam seus níveis elevados. Entretanto, quando os hormônios apresentassem uma queda, característica típica da Perimenopausa, os níveis dos neurotransmissores, também, diminuiriam, resultando em alterações no humor.
Relacionamento conjugal pode sofrer abalos na Perimenopausa
A depressão, do mesmo modo que a ansiedade e a angústia, são situações preocupantes na Perimenopausa e na Pós-menopausa pois costumam interferir nos relacionamentos familiar e profissional. Caso não sejam detectadas, conscientemente, pela mulher e/ou seus familiares, podem causar prejuízos irreparáveis, se não tratadas adequadamente.
Um exemplo disso é o aumento do número de divórcios nesta faixa de idade: o Divórcio Acinzentado, numa referência aos cabelos que estão começando a ficar grisalhos.
Caso você identifique estes sintomas, faça uma consulta com seu médico.