Brain 2019 – Congress on Brain, Behavior and Emotions 2019.
O “Brain”, como é chamado pelos mais próximos, aconteceu em Brasília, no período de 5 a 9 de junho, e oportunizou aos médicos brasileiros conhecer o trabalho de inúmeros especialistas de renome ligados à área.
Nestes 5 dias de evento, nós, participantes, tivemos a oportunidade de escolher entre + de 170 aulas, apresentadas por mais de 100 palestrantes nacionais e 11 professores convidados internacionais.
Nos últimos anos, em função do surgimento de novas e avançadas tecnologias, os comportamentos e as emoções humanas puderam ser estudados. Foram do ponto de vista genético, epigenético, neuroquímico, bem como, com a utilização da ressonância magnética, para citar alguns.
Inúmeros foram os assuntos abordados no congresso. Todos eles, cabe destacar, temas muito importantes para o pleno entendimento de doenças que afligem a humanidade desde os primórdios, como a depressão, a Doença de Alzheimer e o envelhecimento cerebral. Afinal, o Brain é um congresso que aproxima diferentes áreas da medicina e das ciências humanas que, habitualmente, não se conectariam diretamente.
Este somatório de conhecimentos especializados da neurociência [neurologia, psiquiatria, geriatria, psicologia básica] apareceu nos temas de grande importância que foram apresentados: a depressão, o estresse pós-traumático, os transtornos obsessivo-compulsivo, a Doença de Alzheimer, a ansiedade e muitos outros. Impossível descrever, aqui, tudo o que foi abordado mas, ilustrarei com alguns temas do cotidiano das pessoas.
- As repercussões da violência sobre a saúde mental [e física, também] das pessoas foram analisadas. Em nossos dias, em meio à agitação diária, as pessoas ainda precisam lidar com quadros de estresse pós-traumático. Ou seja, as sequelas deixadas por assaltos, sequestros, tiroteios e, até, estupros.
- A importância do sono para a saúde física e mental do indivíduo foi muito enfatizada. Aumento do peso, diminuição da memória, diminuição da capacidade de concentração, redução da testosterona e doenças cardíacas graves foram citados como consequências de dormir pouco tempo. Para exemplificar, os acidentes com a nave espacial Challenger e a usina nuclear de Chernobil resultariam de falhas humanas causadas pela quantidade insuficiente de sono.
- O efeito aditivo [ que possui a capacidade de gerar um vício] que a internet poderia provocar sobre os jovens.
- O risco que as crianças correm, quando expostas às diversas mídias, sem a supervisão cuidadosa dos pais.
- Os avanços recentes nos campos da genética, da epigenética e das células-tronco foram apresentados. O possível emprego destas descobertas no tratamentos de doenças que, em nossos dias, estão sem solução, emocionou os participantes do congresso.