Menopausa aumenta a gordura corporal. Por que isso acontece?

Menopausa aumenta a gordura corporal mas, apenas, recentemente, as causas começaram a ser entendidas. Por outro lado, simultaneamente, o processo de envelhecimento predispõem ao ganho de peso. Tal fato dificulta estimar os efeitos específicos da menopausa.

Introdução

Pesquisas vêm tentado esclarecer a grande equação metabólica que leva à obesidade. Assim, nos últimos anos, novas idéias sobre fome e comportamento alimentar surgiram e têm apontado para os hormônios sexuais.

Falta dos hormônios estrogênios engorda

Tudo leva a crer que Estradiol, Progesterona e Testosterona, os chamados hormônios sexuais, estejam envolvidos na complexa regulação do apetite, da escolha de alimentos e metabolismo da energia.

Na maioria das espécies, e isso inclui a espécie humana, a ingestão de alimentos e as funções reprodutivas estão intimamente ligadas.

Exemplos disso seriam as diferentes fases do ciclo menstrual, que levariam a uma ingestão alimentar diária diversa em função das mudanças hormonais, bem como as notáveis adaptações fisiológicas da fome e da composição corporal que ocorrem durante a gravidez e lactação.

Menopausa aumenta a gordura corporal

Fases do ciclo menstrual

Durante as fases do ciclo menstrual, ocorreria uma relação direta entre a ingestão calórica e o gasto energético.

Nos seres humanos, o comportamento alimentar estaria diretamente relacionado ao controle do eixo Hipotálamo-Hipófise-Gônadas. A ingestão de alimentos variaria muito durante as diferentes fases do ciclo menstrual.

Ovulação

Grandes estudos já revelaram que a ingestão de alimentos seria menor durante o período peri-ovulatório. Esta fase do ciclo menstrual, que ocorreria em torno da ovulação da mulher, teria os níveis de estradiol mais elevados.

Pré-menstrual

No período pré-menstrual, ocorreria um aumento significativo na ingestão de alimentos.

Na fase, que antecederia a menstruação, os níveis de progesterona estariam aumentados. Seria, também, nesse período, que a compulsão alimentar tenderia a aparecer, provavelmente, associada aos baixos níveis de serotonina no cérebro.

Assim, após a ovulação, os níveis da Progesterona [ lembre-se do significado do nome deste hormônio: progesterona=pró-GESTA=pró-gestação], que preparariam o organismo da mulher para uma possível gestação, promoveriam um grande gasto energético e alguns pesquisadores teriam encontrado, inclusive, uma maior tendência ao consumo de alimentos ricos em gorduras e carboidratos. Analisando as ações da Progesterona em conjunto, poderíamos pensar que ela aumentaria o apetite da mulher para aumentar a reserva energética para a gravidez. Principalmente às custas de gorduras e carboidratos [são ótimas fontes de energia e facilmente estocáveis] e estimularia aumento

Serotonina

A serotonina, o neurotransmissor do bem-estar e da segurança, seria “comandada”, em parte, pelo Estradiol. Baixos níveis de Estradiol gerariam baixos níveis de serotonina

Menopausa

Durante a transição da menopausa, a secreção cíclica de estradiol e da progesterona desaparecem e a produção dos hormônios sexuais femininos diminui rapidamente.

No entanto, os níveis circulantes de andrógenos declínio como conseqüência das reduções relacionadas à idade…. na secreção de tanto a glândula adrenal quanto os ovários.

O ganho de peso é comum durante……anos e estudos longitudinais têm demonstrado um aumento na gordura total e abdominal e uma diminuição na massa corporal magra.
Essas mudanças foram observadas entre 3 e 4 anos antes da início da menopausa e permanecer relativamente estável por pelo menos 1-2 anos após a menopausa.

Atualmente, pouco se sabe sobre a relação entre alimentação e atividade física, por um lado, e a depleção de estrogênio e subsequente cessação da função ovariana em mulheres, por de outros.

No entanto, a menopausa está associada a reduções de gasto de energia energia e oxidação de gordura que predispõe ao ganho de peso.A diminuição da taxa metabólica de repouso é provavelmente uma consequência da perda de massa magra, enquanto as alterações na distribuição de gordura parecem refletir o metabolismo modificado no tecido adiposo.

Estradiol estimula a atividade da lipoproteína lipase (LPL) em adipócitos femorais e lipólise em adipócitos abdominais, promovendo assim o acúmulo de gordura glúteo-femoral. Por outro lado, a deficiência de estrogênio está associada ao aumento da gordura abdominal.

*****Menopausa aumenta a gordura corporal e diminui a massa magra

Estudos indicaram que em mulheres com peso saudável, a menopausa aumentaria a gordura corporal em 5% do peso corporal e diminuiria a massa corporal livre de gordura em 4 a 5%. Essas mudanças opostas explicariam porque a menopausa não teria efeito no peso corporal final [aquele que aparece na balança] ou no IMC na maioria dos estudos.

Menopausa aumenta gordura corporal visceral do que a gordura subcutânea do abdômen

Estudo publicado, em 2009, avaliou um grupo de mulheres americanas, brancas, de meia-idade, com exames de ressonância magnética axial, em duas ocasiões diferentes: na Perimenopausa e, anos após, na Pós-menopausa.

Os exames mediram a quantidade de gordura localizada na região abdominal das mulheres, da altura dos rins até a altura da cabeça dos ossos fêmur. Foi constatado que a gordura abdominal subcutânea [a camada de gordura localizada logo abaixo da pele] e a gordura visceral [ o panículo de gordura que está localizado dentro do abdômen sobre os órgãos] apresentaram um aumento de volume significativo na medição após a Menopausa. Entre as duas localizações, a gordura visceral foi a que mais aumentou.

Outros

Em outro estudo realizado com avaliação do acúmulo de gordura através de ressonância magnética, em 2008, constataram que o aumento percentual [%] da gordura visceral foi o dobro do aumento [%] da gordura corporal total. Desde lá, inúmeros estudos realizados confirmaram a existência de uma correlação entre a fase de vida da Pós-menopausa e o aumento da gordura visceral total.

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